Irmandade da Alheira

A comunidade da República da Alheira partilha experiências, emoções, sensações, ideias e, às vezes, alheiras. Proporcionaremos também "mesas redondas" e tertúlias virtuais.

sexta-feira, março 23

A filha rebelde



Teatro Nacional
D. Maria II
15 de Março a 20 de Maio 2007

3ª a SÁB. 21H30 DOM. 16H00

Annie Silva Pais, filha única do último director da PIDE, o Major Fernando Silva Pais, é casada com um diplomata suíço. A estada em Cuba e um encontro com Che Guevara mudarão a vida de Annie, que, saturada de uma existência em função das aparências, condicionada pelo aparelho repressivo do regime ditatorial português, se entregará integralmente à revolução cubana e aos seus ideais. Desaparecida durante algum tempo, Annie abandona o marido, a família e o país. No Portugal de Salazar, todos temem que tenha sido raptada e utilizada no contexto da guerra colonial. Mas Annie envolve-se numa profunda luta de valores e convicções, só regressando a Portugal após o 25 de Abril para ir visitar o pai à prisão. A coragem será uma das principais marcas de Annie, que protagoniza uma peça onde o drama, a traição, os afectos, a morte e os combates políticos se cruzam naquela que é uma história de vida rara e exemplar.
encenação dramaturgia HELENA PIMENTA cenografia JOSÉ MANUEL CASTANHEIRA direcção musical JOÃO CABRIT Afigurinos ANA GARAY movimento NURIA CASTEJÓN desenho de luz JOSÉ CARLOS NASCIMENTO assistente de encenação CRISTINA LOZOYA assistente de figurinos GILBERTO SORAGGI
COM
ANA BRANDÃO EURICO LOPES LÍDIA FRANCO VÍTOR NORTECÉLIA ALTURAS MARQUES D’AREDE JOANA BRANDÃO MANUEL COELHORAQUEL DIAS BIBI GOMES JOSÉ HENRIQUE NETO ALEXANDRE OVÍDIO RUI QUINTASNÁDIA SANTOS SÉRGIO SILVA ANABELA TEIXEIRA JAIME VISHAL AMÍLCAR AZENHA
MÚSICOS
JAUME XAVIER JOÃO CABRITA JOSÉ RAMINHOS NUNO ALLAN FILIPE RAPOSO/ RUBEN ALVES
FIGURANTES BAILARINOS
HOJI FORTUNA JOÃO ABRANTES FERREIRA MARCO MERCIER SARA GUERRA TERESA NEGRÃO VÍTOR BARBOSA

Annie Silva Pais: Uma força da natureza
05 de Mar 2007

O acaso marcou-lhes encontro com a história de Annie Silva Pais. Nesse momento, os jornalistas José Pedro Castanheira e Valdemar Cruz perceberam que estavam perante um tema sensacional. Dedicaram-lhe três anos e desse mergulho no passado nasceu aquele que é um dos melhores trabalhos jornalísticos da última década
Opinião de espctador:
Na passada quarta-feira, juntamente com o Flávio e a Rita, fui ao belo Teatro D. Maria II, situado no Rossio. Já há algum tempo que eu e a Rita tínhamos planeado ir ver a peça "A filha rebelde" e acabámos por "arrastar" o Flávio. A história por si só é fascinante, não esquecendo que se trata de um facto verídico, Annie Silva Pais existiu e impôs a sua vontade contra um pai, uma família, um país.
Porém, a peça não retrata com a profundeza que esperava os antagonismos entre a ditadura e o comunismo (personificado na revolução cubana de Che Guevara), a encenadora conferiu-lhe uma leveza e um alegorismo que suavizam o drama real. Ia preparado para algo mais profundo, mas o enredo, a figuração, o saxofone, o cheiro a charuto cubano acabaram por me cativar. Gostei da peça. Amei o D. Maria II.

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