Irmandade da Alheira

A comunidade da República da Alheira partilha experiências, emoções, sensações, ideias e, às vezes, alheiras. Proporcionaremos também "mesas redondas" e tertúlias virtuais.

quinta-feira, fevereiro 15

e os elefantes, são todos do mesmo tamanho???

well, well, well, oh me brothers and sisters. sorry for me absence. must have dwelled on thee, nasty laziness.

a nossa conversa sobre o mandela ficou pendente. segue em coment. entretanto....



...foi uma bela noite!

1 Comentários:

  • Às 15/2/07 01:48 , Blogger nuno rodrigues disse...

    olá, outra vez! xiquembe, as tuas intervenções são, de facto, interessantes. falo sério, sem ironias desta vez. principalmente a parte factual. é pena que não tenhas participado mais cedo, porque acho que te iria poupar alguns erros de interpretação e análise. este post vem na sequência de um anterior onde muita coisa te poderia ter sido explicada.
    vou fazer um esforço para evitar as meias palavras e para que me entendas claramente. não sei se consigo, mas… para já, vou repetir-me: não acredito que colonialismo se extinga pelo simples facto de oficializar a independência de quem quer seja. o colonialismo existe, hoje, na áfrica do sul como em muitos outros países, não só em africa. até na evoluída europa, da qual me sinto, não um orgulhoso, nem um indiferente, mas um satisfeito filho. não sei se me poderia sentir de maneira diferente, porque este facto é imutável. deliberou-se que o colonialismo se extinguira. é-me indiferente o que lhe chamas. até lhe podes chamar intercâmbio cultural e cognitivo, desde que faças entender o que lhe está subjacente. mas é um facto que existe, exercido à distância ou in loco. indiferente aos determinismos da melanina. não me considero um africanista e posso até ser um privilegiado, não só por não ter nas costas o peso directo ou hereditário do colonialismo, mas por ter vivido, como todos aliás, as condicionantes que determinam os caminhos. dizes tu que cada homem é uma raça?! parece-me demasiado minimalista e redutor. diria antes que cada homem é um homem, ou um caminho. o caminho que percorre. é claro que as características genéticas determinam alguma coisa. principalmente a reacção dos outros. por isso, voltamos aos frutos da experiência. irredutível e incontornável. esquece lá a melanina – castanha ou negra – porque a identidade das pessoas vai muito para além disso!
    o mandela é uma grande figura. está fora de questão e todo o valor tem de lhe ser dado. mas tal como nas lutas de elefantes quem sofreu foi o capim. por isso partilham do mérito. maioritariamente, diria. é isso que está a ser discutido e acho que ainda não o entendeste, mas descansa que também não és o único. provavelmente faltou um mandela a outros países para uma vitória tão marcante. capins houve aos molhos, em todo o lado, por isso o sangue derramado é ponto comum. e o que o tornou necessário? o know how, o capital e a iniciativa usados erradamente. na perseguição de mais capital, que estimulou mais iniciativa e angariou mais know how para aumentar, novamente, o capital, que, por sua vez, já o tinha financiado. um ciclo interminável, pelo menos enquanto o solo e o subsolo providenciarem bons recursos. o grande estimulo à emigração e à colonização de africa.
    a africa austral continua a ser bela, apesar de já ter sido mais virgem. imagino que seja ainda mais a olho nu. ainda não tive esse privilégio. não uma prioridade mas é algo de que gostaria de fazer.
    a segmentação mais simples e com menor margem para erros parece-me ser a individualização, por isso é essa que, geralmente, assumo. não gosto de generalizar. pelas maiorias ou pelas minorias. não me parece ser o caso quando dizes – “muitos como tu, na ânsia de não quererem ser conotados de racistas, de quererem parecer abertos e progressivos, africanistas, acabam por adoptar um discurso racialista que vai recuperar todos os velhos preconceitos coloniais (nativo, originário, beleza africana). um assunto para pensares (descansa que não és só tu).”. hummm, conotado dizes tu?! a parte fácil é que não tenho responsabilidades ou sentimentos de culpa, por isso nem sequer tenho que pensar nas conotações. quero dizer, não tenho que defender nem uns nem outros, entendes?!
    quero propor-te também um pequeno exercício. o enunciado foi dado por ti. aqui vai: “cada homem é uma raça”. agora vais tentar esquecer as tuas fórmulas. pronto, põe também de lado qualquer tipo de responsabilidades, directas ou indirectas, e constrangimentos que possas ter sobre o assunto, que o critério exige imparcialidade. esquece as personalidades e personagens (sofia de melo breyner, costinha, …). agora liga isto às tuas palavras. as que enunciei antes. finito. suponho que a solução seja algo bem diferente daquele “muitos como tu”. que afinal até nem são assim tantos porque serão uma minoria, dizem eles! mas são sempre alguns, por isso aí vai a coerência água abaixo. então será novamente algo quadrado e incoerente. entendes?
    bem, tanta conversa para dizer que nem tudo é tão bonito como um prémio nobel pode fazer crer. – já agora, porque se tornou famoso alfred nobel? hum…humm, então?! - a repressão e a exploração foi bem mais longa que a duração de um documentário visto relaxada e confortavelmente sentado num sofá, em frente ao ecrã de tv. o mandela foi vítima, mas é inimaginável que tenha sido um caso isolado ou que esteja entre os verdadeiros mártires da subversão das 'gloriosas descobertas'. das trocas mercantis à exploração e apropriação. o que não é de ninguém também não será nosso, certo?! o que é de todos…! a deus pertence o reino dos céus, que é bem provável que não exista, até porque ainda não foi colonizado!
    mas isto soa-me a uma conversa de café, o que me agrada bastante. a acreditar que não andamos para aí com pesquisas elaboradas para melhorar a prestação. tem sido um prazer.

     

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